A vida surpreende, ou melhor, aquilo que acontece em seu percurso é surpreendente. Tanto de forma positiva quanto negativa. Temos esse costume de dividir fatos, momentos, acontecimentos em polos extremados, mas tudo bem.
Como precisamos aprender a significar o que realmente importa, a PRESENÇA. Não necessariamente física, mas o fazer-se presente mesmo que na distância, resultado de escolhas e trajetos que temos que seguir.
A dor se esvaindo na tentativa pela vida…
A dor se acumulando por um resultado inesperado…
Um sopro…
Quanta fragilidade há na vida.
Cada um vive a dor de uma ausência, ou perda, à sua maneira. Bom fosse se a dor se esvaísse no ato em si, mas não… Ela se faz cotidiana, arrastando-se por memórias, momentos e, todo significado que quem se foi, deixou em vida.
O autor Lewis, na obra: A anatomia de um luto, destaca a sensação por ele vivida frente à perda: “Há uma espécie de manto invisível entre o mundo e eu. Acho difícil entender o que alguém diz. Ou talvez, é difícil querer entender”.
Quando no silêncio deixamos habitar a unicidade da dor, sentida por cada um, à sua maneira. A presença não mais se fará presente. Como fazer o peito entender tamanha dor?
Professoras Doutoras Ana Maria Soek e Emanuelle Milek